26 de mar. de 2011

Desafio Literário 2011 - Março (Livro 1)

Romeu e Julieta
William Shakespeare
L&pm
Artes/ Teatro/ Literatura Estrangeira/ Literatura Juvenil
162 páginas

A obra dramática de Shakespeare funde uma visão poética e refinada a um forte caráter popular, no qual os assassinos, as violações, os incestos e as traições são ingredientes. Suas peças trazem um estudo magistral da psicologia dos protagonistas realçado pelo equilíbrio com que o autor apresenta outras personagens, bem como pelo contraponto entre os diálogos e monólogos - perfeitas obras-primas de linguagem poética. A tragédia 'Romeu e Julieta' é uma das suas obras-primas. A história foi baseada em fatos reais, ocorridos na Itália medieval. Na literatura universal, nenhuma outra história de amor teve o mesmo sucesso que a dos amantes de Verona. 

“Romeu e Julieta” conta a trágica historia de amor de dois jovens que viviam na cidade de Verona. Romeu e Julieta são de famílias rivais, entretanto os dois ficam perdidamente apaixonados, e apesar da rixa entre as famílias eles fazem de tudo para consolidar esse amor.
Sempre que se fala em “Romeu e Julieta” vem logo a mente uma linda e trágica historia de amor, com as mais inimagináveis cenas românticas e todas as pompas, ao menos eu pensava isso, entretanto eu me decepcionei com o livro. Acho que esperei de mais, imaginei de mais.
                        Eu sei que “Romeu e Julieta” trata-se na verdade de uma peça, por isso o texto é um pouco diferente de um livro “normal” e que as coisas devem acontecer de uma maneira mais rápida por causa do tempo, mas, isso é um pouco estranho. O ritmo é acelerado de mais, a paixão surge extremamente rápido, e eles se casam mais rápido ainda, é estranho ler isso.

[...] Amor é uma fumaça que se eleva com o vapor dos suspiros; purgado é o fogo que cintila nos olhos dos amantes; frustrado, é o oceano nutrido das lágrimas desses amantes. O que mais é o amor? A mais discreta das loucuras, fel que sufoca, doçura que preserva.[...]
Página 23

                        A historia é linda, há trechos maravilhosos, não há como negar, a única coisa que eu não gostei foi o ritmo extremamente acelerado. Agora, para não falar apenas do que me incomodou... Eu amei o desfecho do livro, geralmente sempre há o “final feliz”, e na verdade eu sou uma amante dos finais trágicos, então foi maravilhoso ler um ótimo final trágico. 

4/5

19 de mar. de 2011

Museu de Tudo

João Cabral de Melo Neto
Alfaguara
Literatura Nacional/ Poesia
166 páginas

Publicado em 1975, Museu de tudo é um livro que impressiona pela variedade temática. Em uma análise preliminar, foge ao estilo de João Cabral de Melo Neto: seus livros anteriores eram sempre pensados de uma forma integrada, coesa. Neste, por outro lado, o autor pernambucano seleciona oitenta poemas aparentemente díspares, alguns escritos tempos atrás, e os agrupa neste "museu". "É depósito do que aí está,/ se fez sem risca ou risco", escreve ele, nos versos que abrem o volume.
Mas se Museu de tudo não segue uma estrutura rigorosa, se "(...) não chega ao vertebrado/ que deve entranhar qualquer livro", isso não o torna uma obra menos complexa ou menos rigorosa. Nela, podemos ver o universo de João Cabral sendo trabalhado e retrabalhado, com novas imagens e abordagens para temas já consagrados, em um contínuo esforço na apuração de seus versos. Em suas páginas, o poeta rende homenagem a amigos, como Vinicius de Moraes, Marques Rebelo e Manuel Bandeira, e a artistas admirados - Mondrian, Rilke e Proust - e suas obras. Mas outros motivos frequentes no universo cabralino aparecem entre os que falam do amor pelo futebol, da aspirina - que o poeta sempre tomou contra uma dor de cabeça crônica, de Pernambuco com suas casas-grandes e seus canaviais, de Sevilha e de sua passagem pela África como embaixador. Ou ainda discutem o tempo e a função da poesia, retomando questões que sempre lhe foram caras.


   Bem... Eu não sei como avaliar “Museu de Tudo”, foi o primeiro livro de poemas que eu já li e eu não entendi muitos dos poemas devido ao fato de não estar acostumada a esse tipo de leitura. Entretanto, eu gostava bastante da leitura quando eu conseguia entender as poesias.
   Então, no momento, eu sou incapaz de ter alguma opinião, talvez eu seja capaz de expressar uma quando eu ler o livro uma segunda vez.
   Segue então duas das poesias que eu gostei e entendi:

“Estátuas jacentes

1.
Certas parecem dormir
de um sono empedernido
que gelasse seu sangue,
veias de arame rígido;

e que veias de ferro
lhe fossem interno cárcere,
aprisionando o corpo
entre enramadas grades.

2.
Outras como que dormem
do sono empedernido,
mas não interno, externo,
ou de um sono vestido;

estão como vestidas
de sua morte, engomadas,
dentro de seus vestidos
duros, emparedadas.”

Página 48

“Habitar o flamenco

Como se habita uma cidade
se pode habitar o flamenco:
com sua linguagem, seus nativos,
seus bairros, sua moral, seu tempo.

A linguagem: um falar com coisas
e jamais de oito mas do oitenta;
seus nativos: toda uma gente
que existe espigada e morena;

seus bairros: todos os sotaques
em que divide seus acentos;
sua moral: a vida que se abre
e se esgota num estante intenso;

seu tempo: borracha que estica
em segundos de passar lento,
lento de sesta, sesta insone
em que se está aceso e estremo.”

Página 89

3/5

16 de mar. de 2011

Aquisições

Bem, nada melhor do que livros novos, não? XD.
Hoje chegou uns livros que eu comprei online na Saraiva no fim do mês passado, demorou pacas, mais foi por causa do carnaval, fazer o que neh?

E aqui estão eles:

  • Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley
  • Cartas a um Jovem Poeta de Rainer Maria Rilke
  • Romeu e Julieta de Shakespeare
  • Senhoras da Guerra de Orlando Paes Filho
Bem, é isso, espero voltar em breve com varias resenhas!!