22 de jul. de 2011

Elegância

Kathleen Tessaro
Rocco
Literatuda Estangeira/ Romance
448 páginas

Na casa dos 30 anos, Louise Canova passa por um período de insatisfação consigo mesma - está acima do peso, dorme várias horas além do que deveria, tem um emprego muito distante da carreira de sucesso que almejava e, para completar, vive um casamento infeliz e sem amor. Sua rotina começa a mudar quando ela descobre, em um sebo, o livro "Elegance", que traz verbetes de A até Z ensinando uma preciosa lição: valorizar-se ao máximo. Ao transformar a obra em uma espécie de livro de cabeceira, Louise consegue reformular não somente o armário, mas também a própria vida.

                               “Elegância” tem toda a pinta de livro de auto-ajuda e na verdade também pode ser utilizado como tal, ou, pode apenas ser usado para dar grades gargalhadas com as trapalhadas de Louise.
                               Todos nos procuramos por amor, seja o amor do seu pai ou de um desconhecido que acabamos de ver em um bar. As vezes é tão fácil confundir amor com comodidade, na verdade Louise, em grande parte da sua vida confundiu, creio que na verdade todos nós confundimos as vezes, e quando a ficha cai travamos uma grande batalha para sair da zona de conforto.
                               Kathleen Tessaro é uma gênia, ela soube escrever com maestria como é difícil sairmos da zona de conforto e enfrentar o mundo. Louise tem altos e baixos na sua trajetória, e nos mostra que as vezes temos que simplesmente seguir em frente, independente da situação.
                               Foi muito divertido ler “Elegância”, muito bom mesmo.             

5/5

19 de jul. de 2011

Soul Love - À Noite O Céu É Perfeito

Lynda Waterhouse
Melhoramentos
Literatura Infanto-Juvenil/ Literatura Juvenil/ Literatura Estrangeira
206 Páginas

Jenna não quer trair os amigos e não revelará o que se esconde por trás de sua expulsão do colégio, assumindo toda a culpa sozinha. Como castigo sua mãe a levou para passar algum tempo com uma tia numa tediosa cidadezinha do interior. É lá que Jenna encontra Gabe, um rapaz autêntico, melancólico e reservado. Completamente diferente de todas as outras pessoas ela conhece. É inevitável: Jenna se apaixona por ele. Será que Gabe é sua alma gêmea? Ele mostra a Jenna a beleza de um céu noturno sem nuvens, escuro, um contraste perfeito para o brilho das estrelas. E, em meio a livros, música, poesia e noites estreladas, o sentimento entre eles se torna cada vez mais forte. Mas Cleo, uma garota antipática que tem uma ligação muito estranha com Gabe, não está gostando nada desse romance. Afinal, ela não quer que ninguém mais saiba o grande segredo de Gabe...

Soul Love é uma estória linda e real que poderia acontecer com qualquer um de nós. Foi uma coisa extraordinária ler esse livro pois, ele literalmente nos dá um tapa na cara. É difícil lidar com certas situações, ainda más quando envolve uma pessoa que você ama, afinal, problemas podem acabar com um relacionamento, seja ele de mãe e filha, irmã e irmão, amizade e namoro.
                               Eu poderia dizer que Soul Love é um livro sobre amor verdadeiro, mais na verdade eu acredito que é um livro sobre como superamos as dificuldades com as pessoas que amamos, por que é superando as coisas juntos que encontramos o caminho para o verdadeiro amor, não?

5\5

17 de jul. de 2011

Uma Mulher Vestida de Sol

Ariano Suassuna
José Olympio
Artes/ Teatro/ Literatura Nacional
196 páginas

Uma Mulher Vestida de Sol foi a primeira grande tragédia produzida no Nordeste. Escrita para um concurso promovido pelo Teatro do Estudante de Pernambuco, em 1947, e classificada em primeiro lugar, deu início também à carreira de autor teatral de Ariano Suassuna. Segundo Suassuna, a obra era, ainda, sua primeira tentativa de recriar o romanceiro popular nordestino.

Ao ler essa peça eu me lembrei muito de “Romeu e Julieta”, não que as estórias sejam iguais e tenham finais semelhantes, mas as duas peças tratam de amores impossíveis. Amores impossíveis na maioria das vezes rendem boas estórias, e o mesmo acontece em “Uma Mulher Vestida de Sol”, todos os personagens ficam de uma forma ou de outra envolvidos no conflito, e isso de alguma forma fez com que a peça crescesse, afinal os personagens falavam sobre um único tema, impedindo que se perdesse o foco.
                               Teve apenas uma coisa que eu não gostei, a repetição das mesmas coisas ato após ato, é claro que como a peça se trata do romance proibido esse tema é constantemente abordado, a repetição no caso são de historias dos passados das famílias.

3/5